Você já ficou perdido com aqueles indicadores econômicos que aparecem na televisão, jornal e revistas?
Fique tranquilo, nós vamos te dar uma ajudinha e você aprenderá sobre os principais indicadores econômicos brasileiros.
PIB (Produto Interno Bruto)
Um dos principais indicadores que demonstram a realidade econômica de um país ou de uma região. Tal indicador contempla a mensuração de todas as riquezas produzidas (bens ou serviços) dentro dos limites de um país (a referência é o local de produção, por isso interno).
O PIB representa todas as riquezas produzidas dentro das fronteiras de uma região, independentemente do destino dessa renda descarta a entrada de verbas do exterior. Considera – se simplesmente aquilo que é produzido dentro das fronteiras da região ou do país.
Indicadores de Inflação
Inflação: É o contínuo aumento dos níveis geral de preços que pode ter distintas causas.
Deflação: É a variação negativa dos preços na economia. Pode ter origem na redução da demanda ou no aumento da oferta (aumento de produtividade, por exemplo). A deflação permanente pode ser um agravante e um sinal de uma futura recessão.
IGP-DI/ FGV (Índice Geral de Preços – Disponibilidade interna) Foi criado em 1947 com o objetivo de balizar o comportamento de preços em geral na economia. Trata – se de uma média ponderada de outros três índices.
- IPA (Índice de Preços no Atacado) acompanha os preços de produtos no mercado atacadista representando 60% do IGP-DI;
- IPC (Índice de Preços ao Consumidor) representa 30 % do IGP-DI e apura a inflação das famílias que têm uma renda de 1 a 33 salários mínimos;
- INCC (Índice Nacional de Construção Civil) avalia os preços no setor de construção civil (materiais e mão de obra e representa 10 % do IGP-DI.
IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços do Mercado) criado a pedido do setor privado, contém uma cláusula que impede sua modificação pelo governo e serve para corrigir os contratos bancários, sendo aplicável já no dia 30 do mês em curso. É o primeiro índice a ser divulgado e tem como base os mesmos preços e a mesma ponderação do IGP-DI, mas do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês em questão. É calculado mensalmente pela FGV, havendo divulgação de prévias a cada decêndio do período de coleta.
INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mensalmente, seu objetivo era balizar os reajustes de salário dos trabalhadores.
Foi o índice oficial de inflação no período de 1979 a 1986. A pesquisa é composta por famílias que ganham de 1 a 5 salários mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
IPCA – IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é um dos índices de inflação mais tradicionais do Brasil, calculado pelo IBGE com o objetivo de corrigir os balanços e as demonstrações financeiras trimestrais e semestrais das companhias abertas. A pesquisa mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços vendidos no varejo e consumidos pelas famílias brasileiras que ganham de 1 a 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju; o que corresponde a cerca de 30% da população do país. O período de coleta vai do 1º ao último dia do mês de referência. Atualmente, o IPCA é calculado a partir da coleta de 200.000 cotações de preços de 1300 produtos. O IPCA é o índice oficial do governo, funcionando como parâmetro para o sistema de metas inflacionárias desde julho de 1999.
IPCA 15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) difere do IPCA ampliado no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência, assim como na menor abrangência geográfica, já que sua coleta é efetuada em apenas 11 áreas urbanas.
Taxa de Juros e Mercado Financeiro Nacional
A Taxa Básica Financeira (TBF) foi criada em 30/06/2005 por meio da Resolução BC n 2.171, com o objetivo de alongar o perfil de aplicações em títulos por meio da criação de uma taxa de juros com remuneração superior à de TR.
Para cada dia do mês, chamado de dia de referência, o Banco Central calcula e divulga a TBF para o período de um mês, com início no próprio dia de referência e término no dia correspondente ao dia de referência no mês seguinte.
A TBF é calculada inclusive para os dias não úteis, sendo sua divulgação feita em termos percentuais mês no primeiro dia útil posterior ao dia de referência. O prazo mínimo das operações ativas e passivas do mercado financeiro com remuneração pela TBF está fixado em dois meses.
Taxa Referencial (TR) A TR é a taxa que define o rendimento das Cadernetas de poupança e de algumas modalidades de financiamentos rurais e imobiliários.
É também usada como referência de vários contratos, entre eles os de pagamento a prazo e de seguros em geral. Foi criada em 01/20/1991 para servir como uma referência dos juros praticados no mercado financeiro.
Taxa de Longo Prazo (TLP) é, desde o início de 2018, o principal custo financeiro dos financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A TLP é composta:
- Por uma parcela de juros reais prefixados (TLP-Pré)
- Pela inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A TLP-Pré que vai ser utilizada pelo BNDES é anunciada no início de cada mês pelo Banco Central e é baseada na média de três meses da taxa de juros real do título público NTN-B de 5 anos.
Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, sendo usada como referência para determinação das demais taxas do mercado, tanto as de empréstimo como as de remuneração das aplicações em renda fixa.
Curiosidade: A taxa selic é apurada no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas.
Com isso, finalizamos este texto sobre os principais Indicadores Econômicos brasileiros. Ficou alguma dúvida? Comente aqui embaixo e venha FAZer parte da turma que aprende todos os dias, Tudo Sobre Finanças, de A à Z.
QUIZ DO FAZ
1- A Selic é determinada pela negociação de:
- A) títulos públicos federais, custodiados na Selic.
- B) títulos privados, custodiados na Selic.
- C) títulos públicos federais, custodiados na B3.
2- Em uma economia não aberta, o componente do PIB que não pode ser incluído em seu cálculo é:
A) Consumo das famílias.
B) Investimentos.
C) Exportação – Importação.
3- Quem calcula a Taxa Referencial é o:
A) Conselho Monetário Nacional.
B) Copom.
C) Banco Central.
Respostas:
1-A; 2-C; 3-C